Contos do bardo - Domurama
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O Bardo
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A Sociedade em Domurama Empty A Sociedade em Domurama

Qua Jul 29, 2020 7:50 pm
Domurama é um continente multiétnico com uma enorme variante de possibilidades. Desde pequenas vilas pesqueiras em Grammar às grandes metrópoles em Fenderia, das rochosas cidadelas dos anões em Ladayan até as cidades litorâneas de Nistram, dos palácios do governo em Paziena até as tribos geladas de Quibaan; temos uma enorme miscelânea de povos e costumes.  Os reinos e a República vivem épocas de relativa paz com pequenos focos de revoltas apaziguadas sem muito custo. A exceção fica por conta do reino de Ladaya que vem registrando um crescente número de insurreições religiosas. De um modo geral existe uma acentuada diferença social das camadas mais pobres até a alta corte, o que gera em alguns casos criminalidade, mais especificamente em centros urbanos. Apesar das altas cobranças de impostos, os reis das principais monarquias conseguiram controlar boa parte da população com a ajuda do Culto. As maravilhas e novas tecnologias que os estudos dos sacerdotes trouxeram ao mundo, fascinam e enchem de esperança as camadas mais pobres, pois apresenta um horizonte de progresso que pode tirá-los da miséria.  



A organização

A sociedade se organiza em diversos níveis, começando basicamente em volta dos centros de poder: os castelos de cada monarquia e o palácio de governo da república. Ali estão o rei ou o presidente, o alto conselho ou congresso, Sumos Sacerdotes do Culto e os demais cargos e títulos da alta administração de cada lugar. Logo abaixo temos toda uma cadeia de profissionais que prestam serviços para a corte ou governo, os exércitos e guardas reais, altos comerciantes e sacerdotes menores do Culto. Abaixo destes, estão os pequenos comerciantes, trabalhadores ocasionais e a maior parte da população que vive normalmente da agricultura de subsistência. Existem aqueles renegados que estão ainda aquém destas condições vivendo amontoados nos chamados guetos, nas partes mais pobres das cidades e tentam sobreviver do que puderem fazer, pois a fome, doenças e os crimes nesses lugares são muito recorrentes. Os Persinos têm uma organização própria que diverge dos meios tradicionais da maior parte de Domurama sendo que seguem a hierarquia tribal, tendo algumas funções específica de acordo com a antiguidade, mas basicamente se tratam como iguais.



Transportes

Os dois últimos séculos marcaram um crescimento da migração de pessoas, principalmente nas últimas duas décadas com a construção das primeiras ferrovias. Outro meio de transporte que revolucionou a sociedade foram os barcos a vapor que já vinham sendo usados faz algum tempo principalmente em Fendéria e Grammar,  nos reinos mais distantes ainda não alcançados pelas novas tecnologias, o transporte é feito em cavalos individuais ou numa cavalaria deles puxando carruagens nas caravanas comerciais. É comum nas populações de anões o uso do Argali Montanhês (espécie selvagem de carneiro) como montaria ou até mesmo pequenas raças de jumentos. Os Persinos por sua natureza nômade, são exímios andarilhos resistindo a enormes caminhadas, mas é sabido que alguns chefes de tribo utilizam grandes felinos como meio de transporte. No litoral, pode-se contratar o serviço de um capitão de uma pequena embarcação se você quiser fazer viagem pelo litoral ou de um grande navio se for fazer uma empreitada em mar aberto e tiver dinheiro suficiente para isso. Existem ainda os transportes feitos por balões que são caros e ainda arriscados, mas fazem uma enorme distância em pouco tempo além de proporcionar uma visão única dos reinos.



A economia

Domurama tem uma moeda aceita em todo o continente, o maréu. Ela foi criada alguns séculos no pós guerra como esforço de unificação dos reinos. Existe um crescente aumento das rotas e acordos comerciais depois do advento dos modernos meios de transporte. Especiarias de Grammar agora podem cruzar o continente em direção às cidadelas binárias em Ybiting, os minérios de Ladaya chegam por trem em Fendéria, Parsano envia artefatos manufaturados de Navio para Nistram. Cada império e a república têm atividades principais de acordo com sua característica e uma série de outras de suporte a estas. Existem as caravanas comerciais que ligam as cidades e propiciam a troca de mercadorias, envio de cartas e encomendas. Estas caravanas normalmente são defendidas por mercenários contratados já que não é raro que bandoleiros ataquem em algumas estradas. Diversos cidadãos ganham sua vida nos mais variados afazeres: artistas, artesãos, ferreiros e armeiros, trabalhadores das empresas de ferrovia, médicos, advogados, alquimistas, estalajadeiros, soldados, marinheiros, fazendeiros e por aí vai. Os motivos das migrações normalmente estão ligados a pessoas que buscam oportunidades em outras regiões ou atrás da promessa de algum tesouro perdido em ruínas de guerra. Os reinos e a própria República cobram altos impostos e não é raro ver pessoas que abandonam seu lugar natal por não aguentar a pagar estas taxas e esperam começar a vida em outro lugar.



A Lei

Os Salões da Justiça são a última Instância da Lei em Domurama. Na figura do Juiz, os imponentes prédios abobadados funcionam como a mais alta corte de cada Reino. Nas cidades maiores temos um tribunal que julga os processos e sentencia os prisioneiros. Temos no Xerife a mais alta autoridade policial da cidade, normalmente ele comanda um destacamento que pode ser aumentado temporariamente com a contratação de eventuais, por decreto do prefeito. Nas grandes metrópoles temos vários Xerifes que se dividem por setores. A Aliança da Luz lançou as bases das leis no continente de Domurama, mas algumas variantes são notadas de reino pra reino. Um exemplo é a pena de morte que é permitida em todos os reinos com exceção de Paziena. Fendéria usa ainda o costume do exílio no deserto de Damankat. Existe uma boa quantidade de prisões no continente embora não supra totalmente a necessidade. Normalmente os reinos utilizam os exércitos para a segurança externa dos castelos sede ou patrulhamento em fronteiras e estradas principais. Quibaan é mais uma vez exceção à regra pois praticamente não registram crimes ou revoltas, apesar de terem os guerreiros de elite, mortíferos combatentes em densas florestas.



Os excluídos

Existem aqueles que vive a margem deste tecido social: os criminosos, perseguidos, andarilhos, boêmios, prostitutas e michês (menos em Ybiting que tem a prostituição legalizada), seguidores de seitas ocultas, curandeiros e bruxos, assassinos, mercenários, contrabandistas, entre várias outras atividades consideradas ilícitas. Eles sustentam um mercado negro que movimenta muitos maréus e são um grande problema para as patrulhas dos reinos. Existe a tendência natural das camadas de menos favorecidos aderirem a algum destes ofícios por necessidade, mas acredita-se que poderosos senhores estão no topo da pirâmide deste tipo de comércio, manipulando ações e arquitetando estratagemas que atravessam as fronteiras.
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